sábado, 10 de janeiro de 2009

A teoria da contenção


Já ouvimos falar em energia contida no átomo, no poder relacionado à sua desintegração, e na dificuldade inerente ao seu controle para fins pseudo-construtivos. Citei logo de cara a energia atômica para relativizar algumas considerações, e não complicar muito o assunto.

Ocorreu-me pensar na enorme tarefa que o homem moderno impôs a si e ao meio em que vive quando resolveu modificar o planeta ao seu gosto, usando como perspectiva o Mega Sonho de ser o maioral absoluto.

Em outras palavras, o criador estimulou cada força natural em padrões estáveis e harmoniosos, até que o homem resolveu por necessidade e desejo incontido, desafiá-las.

Comecei a pensar na quantidade de energia desperdiçada na forma de calor, para alterar o estado ou somente a forma da matéria, e o quão antinatural isto me parece.

Exceto o homem, a vida no planeta não faz estoque de energia, usa tão somente o que lhe cabe a cada ciclo, o sol o núcleo da terra e as reações químicas de transformação combinados são o necessário.

Já o homem precisa estocar grandes quantidades de energia, mas até para isto é incompetente, pois o faz à custa de um subsolo escondido a milhões de anos, e que a cada década fica mais inacessível. Toda energia resultante da reação explosiva dos combustíveis fósseis, para servir tem que ser contida, resultando num grande desperdício, baixíssimo rendimento e de quebra resíduos para a atmosfera que fica mais quente. O Homem provoca os elementos para depois contê-los, mas o custo esta ficando alto demais e todos percebem os efeitos, vejam uma Hidroelétrica, por exemplo, altíssimos são os custos ambientais para conter a já escassa água doce, que deveria fluir livremente alimentando e penetrando o solo.

Acredito entre outras teorias, que além de usar as já mencionadas formas de energia limpa (do sol e dos ventos) em cada residência consumidora, possamos reaprender a colher a energia disponível no transito da terra nos seus mais de 100.000Km/hr pelo espaço, energia sutil como a formação dos raios antes das sua descargas através da atmosfera.

Ou o estudo das relações entre magnetismo e o movimento giroscópico, (o mesmo que mantém a bicicleta quando em movimento) Tudo sem o autoaquecimento desprezível das explosões. Energia para colher e usar, disponível para todos. Acreditem, elas existem, mas os planos estão (contidos) nas mãos de poucos, guardados para uso meramente comercial, sabe-se lá quando.


PS: A Imagem acima é um esboço do que pode ter sido Atlântida, baseado nos diálogos de Platão, Timeus e Critias, ao redor de 370 A.C.

2 comentários:

Carolina disse...

Eu sempre achei uma burrice completa essa coisa toda de "vamos detonar o planeta pra conseguir energia" quando energia "alternativa" é tão mais fácil e barata. Só faltou mencionar que o homem prefere a ignorância e o egoísmo ao bem estar comum. E ainda se diz "racional". Seria piada se não fosse tão triste.

*:

Anônimo disse...

Olá DINO !

Ultimamente você abriu as portas do
intelecto, deu asas a inteligência que lhe é própria, colocou a sabedoria na frente, e aprofundou nos assuntos que envolvem os seres viventes no planeta terra.
TEORIA DA CONTENÇÃO: Pelo que vejo, o poder governamental,também conhecido como poder POLITICO, vai ficar ai mesmo,na TEORIA
Ainda repensando seu bom texto;
lembrei de "LEMURIA, O CONTINENTE PERDIDO"; pois segundo o que li a respeito, o LEMURIANO eram pessoas com troncos avantajados, pernas relativamente grossas, mas proporcionalmente mais curtas.
Parece eu.
Obrigado pelo texto,
grande abraço e
PAZ PROFUNDA