sábado, 26 de junho de 2010

Imagem trêmula




A face na água acontece

Agito as mãos, e tudo isso

Olhos no espelho... ha dois lados

Duas imagens, uma saída

Se uma parte, também a outra

Se uma nasce, da à outra vida.


Ela aparece, e se afasta...

Do ponto na imagem trêmula

Insiste, disfarça.

No modo como toquei-lhe a face

Na forma que acha graça.


Por agora, há vento forte

Navegue, pra dentro donde veio

Não há mais sinal ou Real conselho

Logo o Céu estará calmo

Outra imagem haverá no espelho!



Image: Contas

Autor: Dino c

Music: Go

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Memorias de nossas margens


Limites invisíveis que se tocam como a Terra e o Mar
Dividindo e compartilhando cada laço de cada passo
enquanto roubam de si um pouco da própria existência
Aparentemente, particular.

E na aspiração constante de nossas Mentes
Absorvem-se as idéias, formam-se percepções.
Padrões de ondas erguem-se com a força da nossa criação
margem vai, margem vem, desejo vão... desejo vem...
trazendo algo mais, levando algo além...

Sensações delicadas e sutis como a espuma do mar
deixada na areia de passagem, sem pressa, sem bagagem
contornos delineados em cada um, lágrimas derramadas ao caminhar

E uma vez que cada um é como uma pequena ilha num Oceano Cósmico
e nossos sonhos fazem a cor da água, a profundeza do leito, a natureza ao redor...construímos... desde um Mar agitado a uma porção serena e bela, onde quem chega, se gosta, e não quer mais deixar.

Mas não somos o Mar, pois o mar é manifestação divina
na respiração contínua deste Eterno...
Somos estas ilhas, cheias de sonhos, e as memórias são nossas margens
Tortas margens, nossas margens
querendo se tocar...

Um dia seremos um só continente, num único Oceano
A que chamaremos
Finalmente!
Nosso Lar!


Image: Lago de Sol
Autor: Dino

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Alice






...Alice possuí um Mundo Maravilhoso, mas ainda não o conhece.
Mesmo desfrutando da diversidade na Aristocracia local, Alice
pensa algo mais...e sonha nisso!
Mas o que ela não entende passará ao seu Mundo invertendo a Lógica do causal e do temporal.
Alice verá assim diante do Espelho, e para descobrir quem é, precisará entender no que esta se tornando.
Duvidará de sua imagem mas não do seu Mundo, que tem caráter Super Real, enfrentará um medo de cada vez, e de posse de sua Natureza Maravilhosa, dominará a Maestria da Coragem...

Mas antes desta percepção, ainda meio confusa, Alice precisa ser purificada, o que "tenta" o gato ao aparecer flutuando por sua imaginação, e o que de fato faz o Monstro, que ela por fim perdoa...

"...Quem....você....é....?
Por que você as vezes é tão grande, e as vezes tão pequena...?"
Por que eu não acordo logo...?
Qual a pergunta Certa?


Investir resposta à pergunta, e em certa_mente, refaz o produto dos elementos da própria verdade, que pode mostrar-se meia... ou pouca...
Alice em sua aventura, liberta e usa os arsenais da percepção, analogamente mantidos em cada um de nós, de certa forma, em outra não...
Liberta para a Vida! Liberta para o que virá a Ser!
-Você é agora a imagem e semelhança do que tenciona ser, mesmo que ainda não o seja, é o paradoxo de um Mundo em formação, onde só não existe aquilo que você não acredita.
Assim, Alice em seu Mundo Maravilhoso convida-nos a seguir o Coelho com seu recado inconfundível a que não percamos tempo e menos ainda a Coragem de fazer o que a Nós esta destinado, do nosso modo, em nosso próprio Mundo, provando o Chá da Vitória e sorvendo o perfume da transformação.
Distrair-se de seu Mundo faz com que ele congele, atrasando o próprio progresso.
Rainhas descontroladas, malfeitores, mercenários e monstros adormecidos sempre existirão, assim como a saída pelo alto de cada problema ou dificuldade.

Quem tem a Cartola que o diga, quem tem a Espada que o Faça...



Image: Gato risonho
Autor: Unknow

Music:Memory of your Shores



sábado, 5 de junho de 2010

Das letras e dos números


As letras e alfabetos contém números, e deles surgem Universos completos, as palavras e todo SOM.
Os números e seu Universo contém as digitais das Estrelas, donde formam-se as palavras da Vida, da Luz e do Amor Divino.
Somar dividir e multiplicar pertencem naturalmente ao universo dos nossos números e seu balanço ímpar, onde deveríamos ser... UM.
Conjugações regras e afins não são meu forte, pois deste tipo de balanço conheço só o balançar, que feito vento, toca mais que o tempo que divide incessante, sem pesar.
Assim, de letra em letra fez-se o Mundo, e o Mundo pensou o Infinito, que virou num número deitado, distante de seus primos e irmãos de década, mais parecendo uma letra que os próprios versos unidos e inacabados nunca conseguem decifrar...


Image: DomDe Voar
Autor: Dino c.
Barigui Park 06/2010

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma Caixa para Pandora


Servo de sua vontade, eleito por suas habilidades e força particular, foi ele escolhido para guardá-la.
Desta maneira tudo começou...
Um grande Mágico encomendou preciosa obra, sabedor de sua importância, depositou nela seu devido valor. Ocupado estava com seus atributos pedidos, e por ser muito cuidadoso, de longe acompanhou. Um Mentor foi especialmente designado em auxílio, seguido de perto por uma legião de curiosos feitos. Fui chamado la pelas tantas, fazia idéia do fio e da meada, mas não do rolo de passagens que se apresentavam, observei com atenção, era o que podia fazer até então. Destacados ajudantes e as ferramentas estavam lá, e também a Luz. Pandora deveria ser bela, impressionante e absoluta segundo seu criador, alias, como toda obra humana que deseja copiar os Deuses. À medida que era feita, novos traços ver-se-iam nela, o que se dizia, era mais. Pretendi que de minha parte nela veria o Brilho, e dele, a forma. Pandora cresceu desobedecendo o tempo, e seu criador pôs-se a pensar. Mantive a palavra, a mesma que dera ao chamado do Mentor, por duas vezes quase desisti, só não o fiz em sua honra. O Futuro para ela estava traçado, e nós, efêmeros ajudantes, perto demais para desistir, certos demais para errar. Percebeu-se o fato, Pandora seria mesmo assim, faria parte no caminho e na terra. Como presente, seguiu acompanhada de uma caixa bem fechada contendo todas as surpresas que hoje conhecemos bem, mas àquela altura, ainda não. Seu merecedor a recebeu com muito prazer, completamente satisfeito dos fins. Curiosa por toda sua Natureza, por varias vezes olhava a caixa proibida. O simples poderia ser assim, mas a caixa não o era, e foi aberta deixando sair as qualidades guardadas dos homens e suas Vontades, restou-lhes contudo a esperança, quando Pandora deu-se conta, ela ficou presa...

A figura de Pandora, seu Criador, seu merecedor, as penas impostas e a caixa encerrando toda sorte e todo azar na exata medida, servem com justiça e folga em toda obra por nós concebida.

fazer - merecer -fazer - deixar-se - fazer, com todas as dificuldades e Glórias, e por todo lado, compreender que a Esperança embora vaga vista, presta-se à presença.

Pandora vive em todos nós, assim como vive a sua curiosidade !



Image: Brilho fundo
Autor: Dino c