domingo, 30 de novembro de 2008

O Estranho


Ele não é aparência, é realidade latente, diante dos olhos no espelho, no passado da Noite, ou no futuro do dia Nascente.
O estranho não é oculto, e nem imperfeito, é a face livre do ser eleito.
O estranho não carece de fé, ele viaja por terras longínquas, vive cada passo sereno, deixando nenhuma trilha que se possa duvidar.
O estranho é que ele te habita, e você se esquece de quem ele é, desvia qualquer olhar, fazendo-se indiferente, como se nele não quisesse estar.
O mais estranho dos seres, este que em você é, que não deixas contar, que não queres abraçar, e por isto não se faz, e nem tão pouco completa, a tua, a minha, ou a nossa Paz.
Não seria ainda tão estranho vê-lo em você, tentando me reconhecer, e mesmo assim, não deixando disso passar.
Perdoe Amigo estranho, se tento de ti falar, é que por vezes te vejo assim, perdido em cada um de nós, e por que dentro de mim há uma vida, e ela renasce no que há de vir, e do que vim passar, concedo-me o direito, de teu nome, em vão, nunca pronunciar.


Music: Celtic Dreams.

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