sábado, 30 de outubro de 2010

Opostos que nos tocam


Deixa-me dizer o quanto ainda vives, apressa-te em teus movimentos, pois se parado estiver, perder-se-a em ti. Compreenda a passagem do dia como se nele morresse de um oposto, e assim, renascesse noutro...

Deseje a mesma lição todos os dias, mas retire dela o sumo prazer da Alegria, diga isso com um abraço, o resto....deixa estar, eu faço.

Corresponda ao zelo da amizade, congratule-se sem muito se dar à atenção da ansiedade, coitada, ela é muito velha, cunhada da vaidade...

Pretenda de tudo um pouco, mas não se faça nisso deixando-me louco....

Não há razão para ter medo, pois diante da vida, são tão pequenos os meus... os teus, segredos.

Importe-se com o trabalho, pois só ele salva, acredite, não há atalho...

Pequenas e grandes decepções são como expandir, esticar, contrair a vista de um certo ponto, não alteram um rio, não perturbam rochedos.
Não existe mistério só, em nossa alva lágrima...Alma...
Há sim o eterno, de mar a Amar, eis aqui um segredo...

Hoje espiei minha vida por uma fresta tão pequena, esforcei-me tanto para ver o que valia a pena que quase se foi o dia, sem que eu visse a cor do céu, sem que eu sentisse o calor do que fazia...

Mas agora, de onde vejo, existe um Céu, a redonda lua que reflete o Sol, uma estrada aberta, pessoas, conversas, crianças, promessas....
Passagens calmas, sem conta e sem pressa.
Existe o perdão, a gratidão, do conselho à razão, existem amigos, e mais, um bloco de notas que me vê como espelho....
Pesando cada palavra, às custas do que me desafia, ele que o diga , vivo porque sou passageiro, porque se fosse eterno... só...sonharia




Image: Espelho (Parque Bacacheri, Curitiba)
Autor: Dino c.
D.A





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